quinta-feira, 26 de março de 2015

Quero.
Muito.
Desesperadamente.
Um.
Sorvete.
De.
Chocolate.
Para.
Acabar.
Com.
Esse.
Calor.

PENSAMENTOS. LOUCOS. E. MALUCOS

A verdade sobre o caso Harry Quebert

Três dias. Sim, três dias. Esse foi o tempo que demorei pra ler um dos melhores livros do ano. Esse era um dos livros que estava sendo modinha e não estava esperando absolutamente nada. Comecei a lê-lo e quando vi não consegui parar, fiquei até as 3:30h da manhã lendo e quando faltava apenas 30 páginas para terminar me bateu uma tristeza tão grande que parei e só fui ter coragem de terminar horas depois e o terminei com um sentimento completamente novo para mim: realização porque que até então só tinha lido livros modinhas que não inovavam em nada. E esse me realizou porque tem uma originalidade tão grande que é um alivio com os tantos clichês de hoje em dia.
 “Todo mundo falava do livro”
A historia fala sobre Marcus Goldman um escritor que esta com bloqueio criativo e não consegue escrever nada. Ele até foi passar um tempo na casa de seu amigo e ex-professor o escritor mundialmente famoso Harry Quebert mas nem assim conseguiu expiração e foi embora. Pouco tempo depois acontece. Encontraram um corpo na casa do Harry. E não qualquer corpo e sim de Nola Kellergan. A jovem de quinze anos desaparecida desde o verão de 1975.
“ - O primeiro capítulo, Marcus, é essencial. Se os leitores não gostarem dele, não vão ler o resto do livro. Como pretende começar o seu?
- Não sei, Harry. Acha que um dia vou conseguir fazer isso?
- Isso o quê?
- Escrever um livro.
- Tenho certeza que sim.“
A partir desse momento Marcus vai para a pequena Aurora cidade factícia dos Estados Unidos para investigar e provar a inocência do amigo e é através dessa investigação que a estória se desenrola.
“ - Eu gostaria de lhe ensinar a escrever ,Marcus, não para que você saiba escrever, mas para que se torne um escritor. Porque escrever livros não é nada: todo mundo sabe escrever, mas nem todo mundo é escritor.                                       
 - E como vou saber que sou um escritor, Harry?   
 - Ninguém sabe que é escritor. São os outros que nos dizem isso.”
É interessante que a cada capitulo começa com uma dica do Harry para o Marcus. É como um curso intensivo do próprio autor para os leitores de como ser um escritor. É genial.
“Escrever um livro é como amar alguém: pode acabar sendo muito doloroso.”
Os personagens são incríveis. E o legal é que eles não estão lá só por está. Cada um tem seu papel na estória. Nenhum que eu me lembre é desperdiçado. Todos são interligados e tem seus segredos.
“ – Aprenda a gostar de seus fracassos, Marcus,pois são eles que o construirão.Seus fracassos é que darão todo sabor ás suas vitorias.”
Tenho que considerar que ele não é perfeito. O enredo tem horas que fica parado e tem diálogos que muitas vezes são desnecessários.
“ – Marcus, sabe qual é o único jeito de medir o quanto você ama uma pessoa? 
 - Não    
-Perdendo-a.”
O final é muito bom. Fiquei literalmente de boca aberta porque foi surpreendente e nenhuma das minhas hipóteses estavam certas, errei todas. Não gosto muito de nada que contém mistério mas devo confessar que esse me conquistou.
A capa é linda com a pintura de Edward Hopper e combinou bastante com a historia. A diagramação é simples com poucos detalhes nas páginas.
“ – Quem ousa vence, Marcus. Pense nisso sempre que estiver diante de uma escolha difícil. Quem ousa vence.”
Tenho que dizer não saber sobre do que se trata o livro. Porque tem amor, suspense, mistério, investigação, amizade e tantos outros temas e acho que deve ser por isso que ele é tão bom.
“Um bom livro, Marcus, não se mede somente pelas últimas palavras, e sim pelo efeito coletivo de todas as palavras que as precederam. Cerca de meio segundo após terminar o seu livro e ler a última palavra, o leitor deve se sentir invadido por uma sensação avassaladora. Por um instante fugaz, ele não deve pensar senão em tudo que acabou de ler, admirar a capa e sorrir, com uma ponta de tristeza pela saudade que sentirá de todos os personagens. Um bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter terminado”

Termino dizendo que o livro contém quase 600 páginas e que, quem não tem o costume de ler livro muito grande para não ter medo de ler. Nunca desista antes mesmo de começar porque isso é burrice. Eu sai carregando ele pra qualquer lugar lendo, esbarrava nas pessoas ou nem dava um oi de tão compenetrada que estava no livro e mesmo grande e tendo horas que era impossível ler acabei terminando bem rápido de tão bom que é. Por isso repito. Não desista de algo que nem começou porque isso é pura burrice.